segunda-feira, 26 de setembro de 2011

caixa

Vez ou outra vem aquela saudade de espancar o coração, bate tanto no coitado que me leva a buscar nem que seja um pedacinho de lembrança física. Um pedaço de papel com um eu te amo escrito torto porque foi escrito no escuro da noite. Uma cartinha rasgada. Milhões e milhões de fotos escondidas debaixo da cama em uma caixa quase escrita: “LEMBRANÇAS DOLOROSAS QUE EU SISMO EM GUARDAR E OLHAR SEMPRE QUE FICO CARENTE E SINTO FALTA DE ALGUÉM QUE JÁ SE FOI.” Pelo menos esse é o nome que eu dei pra minha bichinha empoeirada, que hoje resolvi espanar com os ventos da saudade.

Andei lendo o que você escrevia sobre a gente. Foi um caso de amor, tipo aqueles amores de verão que duram mais de 6 meses e acabam com histórias lindas pra contar, então foi assim. Só de lembrar o cantinho da minha boca estica querendo formar um sorriso, mas o meu coração encerra a tentativa da lembrança e se afoga no falso esquecimento.
Ainda não entendo bem a nossa despedida, parecia ter tanto sentimento em meio a tanta lagrima e depois muito mais sentimento em meio a distancia opcional de nos dois. Ainda guardo os risos de um quarto de hotel depois de chute pro chão, as brigas que acabavam e amasso antes de dormir, as ideias do futuro, o mundo de um Deus com 8 anos de idade. Ainda guardo na memória a tentativa de ser feliz.
Agora a gente caminha por ai, fingi que está tudo bem depois de algum tempo o que resta fazer é fingir. Guardar. Esperar.
Um dia o sentimento vai embora, ai as lembranças vão pular da caixa “LEMBRANÇAS DOLOROSAS QUE EU SISMO EM GUARDAR E OLHAR SEMPRE QUE FICO CARENTE E SINTO FALTA DE ALGUÉM QUE JÁ SE FOI”, pra caixa “AGORA NÃO DOÍ MAIS.”

Foto:Thais Allana/ Casa do sr. Luiz - Janela Lateral

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